Dança do Ventre
ORIGEM

Dança do Parto

A dança do parto é um ritual sagrado anterior à mais antiga civilização reconhecida historicamente, a dos sumérios em 6.500 a.C. representava os ritos de fertilização em honra às divindades femininas que protegiam as águas, as terras, as mães e seus filhos. Entre os sumérios, todas as criaturas da terra eram consideradas filhos da Deusa, ou a Grande-Mãe, representada com seios fartos

e largos quadris de mulher madura. As primitivas danças à Grande-Mãe foram provavelmente desenvolvidas entre os pré-sumerianos, que se estabeleceram na região entre os rios Tigre e Eufrates há cerca de 10 mil anos.
Os sumérios que chegaram pôr volta de 3.500 a.C. às mesmas terras, vindos da Ásia Central, também reverenciavam a Grande-Mãe que se manifestava sob a forma da Deusa Inana.

Seu útero significava o "Vaso da Criação", onde floresciam os grãos, as frutas, e os legumes. Inana era a Deusa do amor e da alegria de viver. Tinha poder sobre a morte, seus rituais eram dirigidos pôr sacerdotisas que dançavam, cantavam e declaravam poesias exaltando as virtudes divinas.

A Grande-Mãe, foi venerada também entre os habitantes da ilha de Chipre e de Creta, em 3.500 a.C. As proles abundantes e a terra generosa eram consideradas seu fruto, o que reforça sua imagem de mulher boa parideira. Suas festas populares aconteciam durante as cheias e as vazantes do rio Tigre e Eufrates e ditavam as estações do plantio e colheita. Nas épocas de semeadura homens e mulheres evocavam os favores da Deusa através das relações sexuais. Deitavam-se juntos, esperando que o céu fizesse o mesmo com a terra.

A mulher e a terra deveriam ser semeadas; uma pelo coito e outra pelo plantio de sementes. Portanto, as duas deviam ser preparadas para gerar e levar a bom termo a sua gestação. Não contando com a ação de antibióticos nem de assistência hospitalar, o ato de parir poderia custar a vida da mãe (o que freqüentemente acontecia). A morte da mãe, que deveria amamentar e cuidar dos filhos, representava uma grande perda ao grupo. Todos os esforços procuravam evitar esse perigo.

Na hora do parto, recorria-se a defumações, aplicação de ervas e invocações propicias. Mas era a companhia da Deusa que a jovem estaria psicologicamente melhor preparada para enfrentar os esforços da gestação e do parto. Unindo as forças de suas pernas a uma firme atitude religiosa, aquelas mulheres acharam um meio eficiente de afastar parte dos perigos da gestação e dar à luz filhos cheios de vigor e saúde. A preparação para o parto e o contato com a Grande-Mãe eram realizados através da DANÇA DO VENTRE. Com movimentos eróticos, dançavam insinuando a fecundação, num ambiente de alegria e com prazer, essas jovens de 6 mil anos atrás realizavam o seu treino físico e psicológico para o desempenho da funções sexuais e maternais.






 

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